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Liderando profissionais do conhecimento

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A inovação atualmente está presente no dia a dia de toda organização. Ter um modelo gerencial que atenda a essa nova realidade é fundamental para se manter à frente no mercado.

Imagine trabalhar em um local onde as pessoas são responsáveis por sua própria gestão, sem hierarquias centralizadoras. A holocracia (Robertson,B.J. 2015), conceito que abrange a administração de forma horizontalizada, explica o modelo de gerir organizações com autoridade distribuída. O objetivo desse método é encorajar os membros de uma equipe a liderarem a si próprios e tomarem decisões que atendam ao propósito institucional.

Este modelo de gestão possibilita que cada pessoa da organização seja um líder. Assim, cada colaborador pode assumir um papel de liderança em determinado momento ou para uma atividade específica, o que garante agilidade nos processos, flexibilidade nas decisões, maior colaboração entre indivíduos e equipes, além de uma empresa mais proativa em relação aos desafios e às expectativas do mercado.

Essa metodologia de gestão ajuda a organizar as instituições em torno do trabalho a ser realizado, focando no propósito geral e não no indivíduo. Preparar equipes autogerenciáveis exige um posicionamento ético da empresa incorporado à cultura organizacional, onde o senso de pertencimento e busca por resultados inovadores são os guias para proporcionar valor ao negócio.

Em trabalhos acadêmicos mais antigos, pesquisadores defendem que as organizações de saúde devem mudar radicalmente sua estrutura gerencial, convertendo-se em equipes dirigidas por trabalhadores e, assim, eliminar supervisores desnecessários e outros funcionários burocráticos.

Profissionais do conhecimento são capazes de coordenar seus esforços devido à padronização de suas habilidades e pelo que foram treinados para esperar uns dos outros. Requerem pouca supervisão direta dos gestores, desde que entendam o propósito da instituição, pactuem com seus valores e tenham um claro direcionamento estratégico.

Criar ambientes de trabalho com equipes autogerenciadas agrada e aumenta o bem-estar dos profissionais, pois eles são desafiados e encorajados a ter maior responsabilidade, o que contribui para a inovação e a agilidade. Por fim, o engajamento e o envolvimento dos trabalhadores do conhecimento se fortalecem à medida em que nascem as possibilidades de atuarem em diversos projetos com papéis diferentes e transformadores.

Resolver problemas e tomar decisões ótimas em saúde depende muito do acesso ao conhecimento. A serendipidade é um conceito que nos proporciona novas formas de adquirir conhecimento e são grandes laboratórios de desenvolvimento cognitivo, permitindo atuar de maneira não automática nas situações cotidianas. É necessário que estejamos atentos às possibilidades de aprendizado de um conhecimento potencial.

Em um ambiente cada vez mais complexo, onde a previsibilidade é mínima, torna- se essencial para as organizações de saúde gerenciarem com eficácia o conhecimento dos profissionais, a fim de fornecer o melhor atendimento, alcançar excelência operacional e promover inovação. Uma estratégia bem-organizada e eficaz para a gestão dos profissionais do conhecimento em saúde pode ajudar as organizações a atingir esses objetivos.

Mara Machado

Dr. Bruno Cavalcanti Farras

Dra. Elizabeth Reis

Ariadine Oliveira

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