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A pandemia pela COVID-19 mostrou como a saúde é importante para indivíduos, sociedade e economia.

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Uma saúde melhor promove o crescimento econômico expandindo a força de trabalho e aumentando a produtividade, ao mesmo tempo que proporciona uma série de outros benefícios sociais. No entanto, o modelo dos sistemas de saúde, ainda voltados à estrutura de atendimentos hospitalares, afastou desse debate a necessidade de ações com foco na promoção à saúde e prevenção de doenças.

Os debates atuais se concentraram quase que em sua totalidade nos custos da saúde. Entretanto, neste momento, onde o mundo enfrenta o enorme desafio de reinventar as práticas de promoção à saúde, temos uma oportunidade única de restaurar o passado e promover uma melhor saúde para a população. As informações relacionadas à epidemiologia social são cruciais para o equilíbrio do sistema de gestão em saúde na tomada de decisão e emprego dos recursos.

As políticas públicas de saúde estão focadas nos problemas que o sistema de saúde não consegue resolver e pouco esforço acaba sendo dedicado ao controle de determinantes sociais que influenciam no processo saúde-doença.

As condições relacionadas à obesidade e os desafios da saúde psíquica estão pesando sobre as pessoas, independente da idade, incluindo aquelas em idade produtiva. Reduzir o peso das doenças crônicas por meio de intervenções de promoção de saúde é a única alternativa para melhorar a saúde dos indivíduos e da população.

A prevenção de doenças, além de menos custoso que os tratamentos de agravos, contribui para um maior retorno financeiro. Reduzir a carga global de doenças traz benefícios significativos à saúde e a economia, uma vez que estratégias de atenção primária à saúde possui um custo efetividade infinitamente inferior que na atenção secundária e terciária.

Entretanto, transferir os gastos para a prevenção não é tarefa simples, uma vez que requer mudanças substanciais na comunidade e como os cuidados de saúde são prestados. Mudanças no contexto da comunidade, ajudará os indivíduos a crescer, trabalhar e envelhecer de maneira saudável. A cultura da população é fator determinante para o sucesso das políticas de saúde voltadas à prevenção de agravos e promoção da saúde. Os resultados a médio e longo prazo das atividades voltadas a atenção primária devem convencer a sociedade quanto aos resultados a serem experimentados muito antes de se tornarem reais.

No atual momento vivido, a sobrevivência econômica tem motivado a ruptura de estratégias de barreiras sanitárias por parte da população. A falta de entendimento dos impactos dos determinantes sociais no processo saúde doença tem culminado com o transbordo de atendimentos de saúde especialmente no nível terciário.

A pandemia pela COVID-19 oferece um momento único para envolver governos, empresas e as comunidades em um esforço conjunto. A conscientização da força popular para minimizar os impactos mais relevantes no contexto social é fundamental, assim como o envolvimento de estruturas de alto impacto na transmissão de conhecimento como unidades educacionais entre outros equipamentos públicos que podem subsidiar maior força para a tomada de decisão em prol do bem coletivo.

À medida que sairmos desta crise, poderemos aspirar e construir um sistema de saúde melhor, mais forte e resiliente, proporcionando uma melhor saúde para todos e prosperidade para as próximas gerações.

 

Dr. Bruno Cavalcanti Farras

Mara Machado

Ariadine Oliveira

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